quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Mário Alves

Mário Alves foi um dos principais fundadores dirigentes da luta contra a ditadura militar. Nasceu na Bahia em 14 de junho de 1923 e morreu, sob tortura, em 16 de Janeiro de 1970.
Foi membro da UNE e participou ativamente da luta contra o nazi-fascismo.

Entrou para o Partido Comunista Brasileiro, fez parte de sua direção estadual e, mais tarde, foi diretor dos jornais de grande circulação, do partido – a Imprensa Popular e o Novos Rumos. Aos 34 anos, foi eleito para o Comitê Central do PCB e, a seguir, para a Comissão Executiva Nacional.
Em 1967, por divergências políticas, saiu do PCB. Para Mário, a alternativa dos verdadeiros revolucionários era a luta armada contra a ditadura. Mas se distinguia, ao dizer que esta luta precisava ser combinada com a mobilização dos trabalhadores.


Em 1970, à noite, ao sair de casa, foi preso pela repressão política. No interrogatório, sob cruéis torturas, tombou finalmente morto.

Fiel ao texto que divulgou no interior do PCBR, Sete normas de comportamento na Prisão e no Tribunal, Mário não cedeu ao inimigo. Sua morte foi como sua vida: uma prova de dignidade. Mário era também um companheiro bem humorado, solidário e disciplinado.
A celebração da memória de Mário Alves homenageia um militante comunista que levou a coerência até às mais graves conseqüências pessoais. Nestes tempos de raras coerências, isto já seria o suficiente para que Mário Alves fosse celebrado.

Mas, somando-se a isto, Mário também nos traz outras mensagens: a confiança em encontrar no socialismo, no marxismo-leninismo, novas respostas diante da crise e a determinação de construir um novo partido, em cenário completamente adverso.
Ele nos deixou muitos exemplos, inclusive este: a sempre revivida disposição de construir o novo, algo superior e capaz de continuar, com mais vigor, a luta pelo socialismo.

“o mais brilhante intelectual da direção do PCB... Escrevia com elegância e impressionava pela clareza quase perfeita da exposição oral” Jacob Gorender - (companheiro no PCB e no PCBR, autor de Combate nas Trevas)

O IMA

O Instituto Mário Alves carrega em si não só a proposta de se construir em um espaço capaz de proporcionar estudos e debates, mas também busca manter viva uma concepção política que resgata a importância dos movimentos sociais como agente transformador de uma ordem social injusta e discriminadora.

O IMA é um instituto voltado ao desenvolvimento de estudos e pesquisas políticas, econômicas e sociais.

Tem como proposta central a criação de um espaço que promova a discussão, elaboração e a formação política, objetiva a participação de pessoas, instituições, movimentos sociais e entidades (governamentais e não-governamentais).

Caracteriza-se por ser uma organização civil sem fins lucrativos e não partidária. É composta de sócios voluntários que queiram aceitar os
Princípios do IMA e que forem aceitos pelo mesmo.

Partindo do pressuposto de que o processo de formação política não é, e nunca foi “neutro” em nossa sociedade, que todo processo de formação tem um norte nas disputas políticas-ideológicas, o IMA norteia suas atividades baseada em alguns princípios políticos filosóficos:

1. As atividades do IMA devem estar a serviço dos setores que historicamente vem sendo oprimido pelas classes dominantes na sociedade capitalista.
2. O IMA reconhece como questão relevante a existência da luta de classes na atual estrutura social mundial.
3. O IMA acredita na necessidade da permanente luta contra o sistema econômico capitalista que explora milhões de seres humanos, e não apenas combater a sua versão moderna conhecida como Neoliberalismo.
4. Entende que nem as experiências social-democrata nem o burocratismo estatal foram capazes de construir sociedades livres e de homens não alienados.
5. Que o processo de formação não pode basear-se em dogmas ou verdadeiros pré estabelecidas. Pelo contrário, a liberdade de pensamento é um elemento central na constituição de um projeto político que busque o resgate da liberdade humana.

O IMA busca proporcionar a seus associados várias atividades: cursos de formação, palestras, discussões sobre movimentos sociais (sindical, estudantil, juventude, etc.).

Junto a isso, os associados tem acesso a uma biblioteca com mais de 3 mil volumes e uma videoteca com mais de mil filmes em VHS e DVD.

Como forma de auto-sustentação, o IMA conta com uma loja onde vende camisetas, botons, posters, livros, revistas e outros produtos relacionados com os propósitos do mesmo.

Sendo uma Organização Não Governamental (ONG) e sem fins lucrativos, o IMA conta com a colaboração de seus sócios (as) e simpatizantes no que se refere à aquisição de livros, vídeos e contribuição financeira.

Colabore você também!